Algumas Considerações
É a causa mais comum de morte em mulheres entre 35 e 50 anos sendo importante salientar que de cada dez nódulos de mama encontrados, nove são benignos.
O câncer de mama pode se espalhar para os gânglios, pulmões, fígado, ossos e cérebro.
Para os nódulos malignos, quanto mais precoce o diagnóstico e o tratamento, maior será a chance de sobrevivência da mulher.
Os Fatores de Risco
Vale salientar que mesmo que uma mulher tenha vários fatores de risco, ela pode nunca vir a ter o câncer de mama.
São considerados fatores que podem predispor uma mulher ao câncer de mama:
- Idade: um maior número de mulheres nas faixas etárias mais avançadas desenvolve câncer de mama, dobrando o risco a cada dez anos de idade.
- Menstruação: começando cedo e terminando além dos 55 anos parece estar associada a um maior risco.
- Quanto à gravidez: mulheres que engravidaram após os 30 anos ou que nunca tiveram filhos apresentam um risco maior do que aquelas que engravidaram pela primeira vez durante a adolescência.
- Amamentação: uma mulher que amamentou um ou dois filhos tem um risco menor do que a que nunca o fez.
- Peso: o excesso aumenta o risco de câncer de mama e existe também uma relação direta entre dieta rica em gorduras e câncer de mama.
- Fumo e consumo de bebidas alcoólicas: estudos mostram que o alcoolismo predispõe ao câncer de mama e o tabagismo apesar de não diretamente ligado a um aumento do risco de ter câncer de mama, deve ser evitado pelos seus efeitos sobre outras doenças.
- Anticoncepcionais orais: existe um pequeno aumento do risco para as mulheres que estejam usando anticoncepcionais. Deixando de tomá-los o risco desaparece após 10 anos.
- Terapia de reposição hormonal (TRH): depois de 10 anos de reposição hormonal os riscos para o câncer de mama tornam-se mais importantes. Uma mulher de 50 anos com 10 anos de TRH terá uma chance em 20 de desenvolver um câncer de mama, e de uma em 18 para 15 anos de reposição. Para mulheres com uma importante história familiar de câncer de mama, a terapia de reposição hormonal só é indicada se ela está tendo problemas muito graves com sua menopausa.
- Antecedentes familiares: uma em cada 10 mulheres com câncer de mama herdou algum tipo de anormalidade genética que a tornou mais suscetível. Importante salientar que um gene para o câncer pode ser herdado de qualquer um dos pais, mesmo que nenhum deles tenha desenvolvido a doença. Já foram identificados cinco genes com anomalias para o câncer de mama. A presença do gene anormal significa que há de 60% a 85% de chance de desenvolver um câncer de mama em alguma época de sua vida.
O Diagnóstico
Geralmente a primeira indicação de que alguma coisa está errada pode ser notada pela própria mulher quando encontra um nódulo ou uma alteração na mama.
É muito importante que toda mulher aprenda a sentir as suas mamas de modo a poder identificar qualquer alteração. Qualquer mudança encontrada deve ser comunicada imediatamente ao médico.
Além do autoexame é importante consultar seu médico para o exame clínico da mama e a mamografia (radiografia das mamas).
O Autoexame
São comuns nodulações ou espessamentos nas mamas. Ao examinar suas mamas mensalmente, a mulher aprenderá o que é normal e irá notar quando ocorrer alguma alteração.
Algumas mulheres acham melhor fazer o autoexame diário ou então semanalmente. Dessa forma ficam familiarizadas com suas mamas em todas as fases do ciclo menstrual. Pode ser feito,
- No chuveiro – com os dedos esticados movimente as pontas dos dedos por todas as partes de cada mama. Use a mão direita para examinar a mama esquerda e a mão esquerda para examinar a mama direita. Verifique se há presença de qualquer espessamento, nódulos endurecidos ou caroços.
- De frente para um espelho – com os braços ao lado do corpo, olhe suas mamas. Levante os braços para os lados até acima da cabeça e verifique se houve alguma mudança no formato de alguma das mamas, ou ocorreu a formação de inchaço ou covinhas ou se houve mudança nos mamilos.
- Deitada – para examinar a mama direita, coloque um travesseiro embaixo do ombro direito. Coloque o braço direito embaixo da cabeça. Então, usando os dedos da mão esquerda esticados, pressione delicadamente a mama direita em movimentos circulares no sentido horário. Comece pela parte superior da mama direita, que corresponde no relógio, às 12 horas. Após completar cada círculo, mova os dedos em direção ao mamilo, iniciando uma nova volta, e assim sucessivamente até ter examinado toda a mama, incluindo o mamilo. Repita o procedimento na mama esquerda, colocando o travesseiro embaixo do ombro esquerdo e o braço embaixo da cabeça. Finalmente, esprema o mamilo de cada mama com o dedão e o indicador. A saída de qualquer secreção deve ser comunicada ao seu médico imediatamente.
Para refletir
Quando se descobre um tumor de 2 a 3 cm, em 90% dos casos, conserva-se a mama e em 80%, cura-se o câncer.
Se o diagnóstico for feito ainda mais cedo, na fase de lesão não palpável, pela mamografia ou ultrassom, as possibilidades de cura e conservação da mama são quase de 100%.
Apesar desta aparente facilidade de solução, o diagnóstico precoce quase não é feito no Brasil e 70% dos casos são diagnosticados com tumores de 5 cm ou mais, obrigando a retirada da mama e com possibilidades de cura abaixo de 30%.
Com o aumento da incidência do câncer de mama e com o seu diagnóstico tardio, a mortalidade vêm crescendo nos últimos 30 anos e, é hoje, a principal causa de morte por câncer em mulheres, superada somente pelas doenças cardiovasculares.
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