Exame fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o que propicia grande chance de cura com a instituição do tratamento adequado. Saiba mais nesta entrevista com o Dr. Claudio Severino, Ginecologista e Obstetra.
De Bem Com a Vida – Dr. Claudio, o que é a mamografia?
Dr. Claudio – é um exame radiológico simples, seguro e rápido, sendo feitas em geral duas radiografias de cada mama e quando necessário, uma incidência complementar. Pode ser um pouco desconfortável, pois é necessária a compressão das mamas, mas se realizada na fase adequada do ciclo menstrual pode ser praticamente indolor.
DBCV – por que as mulheres devem fazer o exame?
Dr. Claudio – a mamografia é um exame fundamental no diagnóstico precoce do câncer de mama, que diga-se vem aumentando a sua incidência nos últimos 30 anos. Quando diagnosticado no início, apresenta boa chance de cura com as terapêuticas disponíveis (cirurgia, radioterapia e quimioterapia).
DBCV – quando deve ser feita a mamografia?
Dr. Claudio – após os 40 recomenda-se que seja realizada anualmente, de acordo com a indicação médica. Em casos especiais onde existam alterações para um controle mais detalhado, a mamografia poderá ser repetida a cada seis meses. Também nos casos de parentes diretos (mãe, irmã) com câncer de mama, a mamografia deve ser feita a partir dos 30 ou 35 anos.
DBCV – e a ultrassonografia?
Dr. Claudio – nas mulheres mais jovens, especialmente com menos de 30 anos, a ultra-sonografia é o método de escolha na avaliação das mamas. Nas demais pacientes, a ultra-sonografia complementa a mamografia, principalmente por caracterizar se um nódulo visto à mamografia é sólido ou cístico (com conteúdo líquido), que é uma informação importante para seu médico, além de individualizar com mais facilidade eventuais nódulos, quando a mama é rica em tecido fibroglandular.
DBCV – como a mulher deve proceder no dia do exame?
Dr. Claudio – inicialmente, o exame deverá ser marcado após o período menstrual (5º-8º dia), quando a sensibilidade mamária é menor.
No dia do exame não passar desodorante/talco nas axilas, pois estes podem simular alterações mamárias. Por último, é importante a colaboração durante a realização da mamografia para obtenção de um exame de qualidade e fundamental para interpretação do radiologista, a comparação com exames anteriores (mamografia/ultra-sonografia), que devem ser trazidos pela paciente.
Dr. Claudio Severino
Fone: 11 – 2295 4845
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